Á espera do "Nenuco"

...ficou ontem hospitalizado.

Depois de uma maratona  de +/- 15 horas, os médicos lá se decidiram a dar uma resposta.

A minha mãe chamou a ambulância às 10h30 e aproximadamente às 11h deu entrada no hospital. Só à 00h30 é que nos disseram que ele ia ficar internado.

A minha mãe e o meu irmão vieram jantar a minha casa, que fica a meio do caminho entre o hospital e a casa dela e ela estava tão cansada que quando o G se ofereceu para ir com o  meu irmão saber o ponto da situação ao hospital, nem resmungou. Disse-lhe que estava bem e que se ia deitar no sofá . Adormeceu num instante.

Pelos vistos tinha passado a noite na casa do meu avô e não tinha dormido nada, porque ele não estava calado. É obvio que ontem mal se deitou adormeceu.

Acordou quando eles chegaram, mais ou menos à 01h00.

O nosso sistema de saude esta uma desgraça. Um idoso com 90 anos, que não se levanta sem ajuda, que a maior parte das vezes não sabe onde está, ninguém lhe prestou apoio, não informavam a minha mãe de nada, não a deixavam entrar e ela a desesperar porque o conseguia ouvir a chamar por ela. É para verem o desespero dele. E nem assim ouve alguém que o ajudasse.

Valeu-lhe um anjo que chegou no turno das  19h, um enfermeiro que um amigo do  meu irmão conhece que mal o viu lá, veio saber o que tinha acontecido e mal soube foi já ter com o meu avô e esteve a cuidar dele.

Obrigada enf. Mário.

O meu avô sempre foi uma pessoa muito complicada, foi operado a um tumor cerebral benigno à 20 anos atrás, mas nunca mais ficou igual. Perdia a noção do tempo, do espaço, mas era imdependente, apesar de a minha mãe ir lá a casa dele todos os dias.

Mas à 2 anos atrás as coisas pioraram e ficou completamente dependente da minha mãe.

Nem eu nem o meu irmão somos muito apegados a ele, ele sempre foi muito dificil, no entanto é nosso avô e é claro que gostamos dele  e custa-nos ver o estado dele.Muito.

E ainda mais ver o estado da minha mãe, cansada e sem saber muito bem o que esperar.

Vamos ver o que estes dias nos reservam.

Nós vamos ficando em stand-by.

Beijinhos